quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Estudo revela que utilizadores do Facebook são piores alunos

Que resultados se obteriam se se fizesse um estudo com o Messenger? Iguais ou diferentes?
Qual é o verdadeiro problema:
a) é a pessoa do jovem utilizador?
b) o Facebook / o Messenger?
c) o fim para que é (são) utilizados?
d) é uma questão de regulação do tempo gasto com estas aplicações da Internet?
e) é uma questão de regulação dos motivos e das razões para usar estas aplicações da Internet?

Vá, vamos lá, mais um tema para ler, pensar e discutir, em casa e na escola.

Estudo publicado na edição on line do jornal i:

Publicado em 08 de Setembro de 2010

Um estudo da Open University, na Holanda, revela que o uso de redes sociais como o Facebook promove um pior desempenho académico. O investigador Paul Kirschner ancorou-se nos exemplos de 219 estudantes de uma universidade pública holandesa para constatar que os que não usavam as redes sociais tinham melhores notas, por oposição aos utilizadores do Facebook ou do Twitter.
Outra das conclusões da investigação é que os utilizadores do Facebook estudam menos horas - entre uma e cinco horas por semana, enquanto os que não utilizam dedicam-se ao estudo entre 11 a 15 horas semanais.
Querendo avaliar a teoria de que o cérebro do jovem moderno é capaz de processar simultaneamente vários canais de informação, o estudo preliminar da equipa holandesa confirmou o contrário: os adeptos do multi-tasking (a realização de várias tarefas ao mesmo tempo) precisam de mais tempo para aprender e cometem mais erros no processamento da informação.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

«O Livro da Consciência», "Self Comes to Mind: Constructing the Conscious Brain"

António Damásio, o seu brilhante pensamento, a sua exemplar valorização da Língua Portuguesa.
É que o livro vai ser lançado este mês em Portugal, e só em Novembro em língua inglesa, nos E.U.A.


domingo, 5 de setembro de 2010

O regresso às aulas... e aos trabalhos de casa.

Numa época em que se insiste, nos grandes meios de comunicação social, em falar em coisas como "depressão pós-férias" e em perigos ou dramas no regresso à escola (tudo isto acentuando o lado inseguro e não o lado otimista de encarar a vida e a relação com os outros), saúdo vivamente a evolução de posição acerca dos trabalhos de casa, que acabei de constatar no noticiário matinal da RTP Notícias, num dos sábios da Psicologia que frequentemente aparece nos canais televisivos.
Há algum tempo, arrasava a tradição dos trabalhos de casa, com "a tolerância zero" da nossa polícia de trânsito. Nessa altura também participei nas discussões que se trocaram publicamente através da Internet.
Por isso agora, repito, saúdo vivamente a evolução do meu colega para a ideia de "Não aos trabalhos de casa, que não sejam razoáveis." (o sublinhado é meu) Certo! Estou inteiramente de acordo.
Em conclusão, "Sim aos trabalhos de casa razoáveis". No fundo é uma oportunidade excelente para os comportamentos hetero- e auto-regulados, seja por parte dos professores, dos pais e dos alunos.
Um bom regresso às aulas para todos! Com muito otimismo e confiança.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Obrigado, José Torres!

Haverá quem pense que não tem cabimento aqui esta saudação, esta saudade.
Mas, na verdade, que representam nas nossa vidas os exemplos que vêm do comportamento dos outros?... Como se constroem em nós os nosso valores e os nosso ideais?...
Independentemente da pessoa que José Torres foi, sem que algum esforço para isso fizesse, ele fez-me imaginá-lo assim. Não sei se, algum dia, algum futebolista, algum atleta me despertou ou despertará a simpatia e o carinho como o fez José Torres. Se eu não fosse benfiquista, penso que o escolheria como adversário de eleição: lutando pela sua equipa, pela sua camisola, respeitando com toda a dignidade o seu adversário.
Por isso, lhe escrevo agora estas palavras:
Pelos jornais, pela televisão habituei-me a ver-te, José Torres, a gostar de ti, a pensar que, com a boa fé e a honestidade que sempre me despertaste, o futebol (e o desporto, em geral) pode ser uma partilha coletiva de esforço, expressão das capacidades humanas e competição leal. Sei que te vou manter sempre vivo nos meus exemplos sociais e nos meus ideais. Obrigado, José Torres, por tudo o que me deste. Guardarei para sempre a afirmação que fizeste, salvo erro, antes do célebre jogo com a Alemanha: "Deixem-me sonhar!..."