terça-feira, 31 de agosto de 2010

A fobia escolar tem cura

A fobia escolar tem cura (clique para ver a notícia)

A primeira coisa a fazer é a avaliação correta da situação. Hoje em dia, exagera-se no diagnóstico de "fobia escolar". E tudo isto pode ser feito com muita serenidade e em bom tempo.

domingo, 29 de agosto de 2010

Quem aos 20 não é e aos 30 não tem, aos 40 não é ninguém

Aproveitei a feira do livro da Semana do Mar na Horta para comprar a bom preço o "Adagiário Popular Açoriano", de Armando Cortes-Rodrigues (Antília, Angra do Heroísmo, 1982).
Como diz o autor, "a indicação de uma ilha junto de cada adágio apenas pretende significar que o adágio foi aí recolhido, pois que a mesma forma é igualmente conhecida noutras ilhas e no Continente". Praticamente logo a seguir esclarece o interesse específico da sua recolha: "há muitíssimos adágios que reflectem bem a idiossincrasia, os costumes, as tradições e preconceitos morais dos Açorianos".
Pessoalmente, continuo a interessar-me com vivo interesse esta vertente da cultura popular, de que sempre se desconhece muita coisa. Se calhar, por comodismo mental, penso que os adágios (ou provérbios, ou ditados, ou...) têm uma evolução "darwiniana", quer dizer, transformam-se com o tempo e selecionam os mais fortes.
Em muitos deles tento ver o valor que mantêm, tento ver como a sua lenta consolidação resiste à voragem das muito aceleradas transformações sociais e culturais atuais.
Peguei no livro (são dois volumes arrumados por ordem alfabética da palavra inicial) e fui direito à letra Q, mesmo à procura dos provérbios que começam por "Quem..."
Não tardei a (re)encontrar o adágio que dá título a este apontamento, que é, seguramente, o que mais vezes trago às conversas no consultório, mas também na escola, seja para auditórios de uma pessoa só, sejam eles coletivos.
Na verdade, penso que continua a valer em cada uma das palavras que o compõem.
Não o vou comentar, vou apenas convidar todos a pensarem um pouco neste "cromossoma", no meu entender, de força claramente "dominante", que determina o desenvolvimento pessoal de cada um de nós.
Ah! Já agora, na obra de Cortes-Rodrigues, o adágio aparece recolhido na ilha de São Miguel.

sábado, 28 de agosto de 2010

QUI UULT CUSTODIRE SANITATEM - Preservação da Saúde

Pedro Hispano foi o único papa de origem portuguesa e foi também o único papa médico. Até hoje. Foi papa com o nome João XXI. Nasceu em Lisboa, possivelmente em 1210, e morreu em Viterbo em 1277.
Separam-nos dele quase oitocentos anos.
Foi sábio com os conhecimentos técnicos e científicos da sua altura como poucos conseguem ser hoje em dia com os conhecimentos técnicos e científicos disponíveis (incomparavelmente mais, em quantidade, diversidade e precisão).
Sem falar de auto-regulação do comportamento, é esse modo de viver que está implícito nos escritos que refletem o seu pensamento. E a definição de saúde que nos passa é uma obra-prima de simplicidade e clareza: "Saúde é uma disposição que conserva o que é natural no homem, segundo o curso da natureza."
Diz Pedro Hispano que a conservação da saúde da vida humana não se encontra no seio da arte da Medicina. "(...) os diversos padecimentos mórbidos originam-se no corpo humano por negligência" pelo que considera que "é melhor preservar a saúde do que lutar com a doença (...) É mais útil prevenir as doenças do que, uma vez contraídas, andar a pedir um auxílio, que provavelmente é impossível."
Numa época em que a obesidade já foi declarada pela O.M.S. como a epidemia global do século XXI, repare-se o que Pedro Hispano dizia sobre a saúde do estômago:
"Quem quiser manter sempre a saúde do estômago tenha cuidado em que receba a alimentação necessária, e não dê mais a si mesmo do que aquilo que pode digerir. E isto deve entender-se também acerca da bebida. Diz Galeno: Alguns comem para viver, como pessoas que vivem com sobriedade, mas alguns vivem para comer, como pessoas que vivem na gula. Por conseguinte, o intuito desses é comer, e não viver. Do mesmo modo diz Galeno: a abstinência é um remédio perfeito. Ora a abstinência é de dois tipos, universal e particular. É universal quando se faz a abstenção total de comida e bebida, jejuando durante muito tempo. Então o estômago excitado atrai os humores de todos os órgãos, que por último geram nele as doenças, assim como os órgãos esvaziados as tiram do estômago. Por isso não é prudente jejuar em excesso. A particular consiste na abstenção de produtos semelhantes e dos humores dominantes, como o colérico dos coléricos, o fleumático dos fleumáticos e assim dos restantes humores. Os mestres antigos preceituaram que se comesse pouco, a fim de o calor natural ser proporcionado à digestão. Pois, se comermos o que o calor não puder digerir, gera-se o fastio, pelo qual o sangue se corrompe, e se provocam todas as doenças mais graves."
Concluindo: é melhor preservar a saúde [antes] do que curar as doenças [depois]; e preserva-se a saúde regulando-se a atração para os excessos do que se ingere.
(a partir de Pedro Hispano, Livro sobre a Conservação da Saúde, edição da Heartbrain, Consultores em Comunicação, Ld.ª, 2008)

domingo, 22 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Super-heróis de hoje têm influência negativa nas crianças, diz estudo

A notícia do jornal I dá conta deste estudo americano.
Tenho muita facilidade em concordar imediatamente com o que ele diz.
Parece-me que vale bem a pena que pais e educadores pensem e discutam o estudo.

"Têm a força sobre-humana que caracteriza todos os super-heróis, mas falta-lhe a componente humana. É esta a classificação que um grupo de psicólogos da Associação Americana de Psicologia faz dos actuais super-heróis do cinema, que, concluíram através de um estudo, tem uma influência negativa nas crianças.

Segundo a pesquisa, os super-heróis promovem um esterótipo de "machão violento", ao contrário dos heróis de antigamente, que apresentavam sempre um lado vulnerável e humano.

A orientadora do estudo, Sharon Lamb, adianta que a única figura masculina alternativa ao super-herói que sirva de modelo cinematográfico é a do preguiçoso, que evita assumir responsabilidades.

Com as personagens do passado, diz a professora da Universidade de Massachusetts, as crianças viam "pessoas normais com problemas normais e muitas fraquezas". Casos como o Super-homem e o Lanterna Verde são agora ultrapassados por outros "que praticam violência sem parar. São agressivos, sarcásticos e raramente falam sobre as virtudes de se fazer o bem para a humanidade"."

Jornal I, Publicado em 18 de Agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O que todos buscam?

"Quer pertençam a uma espécie mais evoluída, como os humanos, ou a espécies mais simples, como os animais, todos os seres buscam a paz, o conforto e a segurança. A vida é tão cara ao animal mudo como a qualquer ser humano; mesmo o mais simples insecto procura protecção contra os perigos que ameaçam a sua vida. Asim como cada um de nós quer viver e não quer morrer, o mesmo acontece com todas as outras criaturas, apesar de varir a sua capacidade de o concretizar" (Daila Lama, 2006. Como conhecer o seu verdadeiro eu. Cruz Quebrada: estrelapolar, p. 19)
Outros têm dito a mesma coisa, mas a forma que o Daila Lama encontrou é muito clara, muito bonita, muito dinâmica, muito completa.