Podemos encontrar em "Eco Inteligência" (Ecological Intelligenge) de Daniel Goleman uma forma excelente de expor a grande dificuldade do cidadão normal para entender o perigo em que o Planeta Terra se encontra nos dias de hoje.
Por isso é praticamente uma obrigação ajudar a difundir o que Goleman diz:
"Os milénios desde o nascimento da civilização testemunharam a emergência lenta, mas regular de novas variedades de ameaças, daí que, hoje, a nossa espécie se depare com o risco de forças que fogem aos nossos alarmes perceptuais.
(...) O nosso cérebro encontra-se extremamente afinado para identificar e reagir de imediato a uma variedade fixa de riscos, os quais se encaixam no alcance do periscópio da natureza. A natureza equipou o sistema de alarme do cérebro para localizar e recuar imediatamente perante objectos lançados contra nós, expressões faciais ameaçadoras, animais a rosnar e outros perigos semelhantes ao nosso redor. Esse equipamento ajudou-nos a sobreviver até aos dias de hoje.
No entanto, nada no nosso passado evolutivo moldou o nosso cérebro para identificar ameaças menos visíveis, como o aquecimento lento do planeta, a disseminação traiçoeira de partículas químicas destrutivas no ar que respiramos e nos alimentos que ingerimos, ou a destruição inexorável de quantidades imensas de flora e de fauna no nosso planeta. (...) no que toca ao aquecimento global, encolhemos os ombros. O nosso cérebro é excelente a lidar com ameaças momentâneas, mas vacila ao gerir as que vêm ao nosso encontro num futuro indefinido.
(Daniel Goleman, "Eco Inteligência", pág. 42-43. Temas e Debates, Círculo de Leitores, 2009)
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