domingo, 1 de novembro de 2009

Treinar, treinar, treinar...

Quem o diz é um menino-prodígio, Marc Yu, que acaba de actuar, com grande êxito, no Carnegie Hall, em Nova Iorque, a convite do (já) consagrado Lang Lang.
O convite tinha 2 anos. Na ânsia de um menino de 7 anos terá parecido uma eternidade. E chegou a hora da concretização, no dia 27 de Outubro de 2009.
Correu tudo muito bem.
Na pessoa de um menino-prodígio, a excelência parece que brota espontaneamente, sem esforço, ao sabor da inspiração, que acontece também sem esforço.
Depois da actuação, perguntaram-lhe o que tinha ele sentido ao estar ali. Ele respondeu: “It’s one of those magical places where the gods live, or fairies.” “And I would love to come back.”
Já todos ouvimos dizer que o sonho comanda a vida. É verdade. Mas também a imaginação e o esforço comandam. Que nem os melhores mosqueteiros, "Um por todos, todos por um."

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Olha-se... para onde?

A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente.
Life can only be understood backwards; but it must be lived forwards.
Soren Kierkegaard
Filósofo dinamarquês (existencialismo), 1813-1855

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Uma mezinha muito interessante

Quando a dor se aproxima
Fazendo eu perder a calma
Passo uma esponja de rima
Nos ferimentos da alma.
(Jó Patriota)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Do pensar ao fazer

O relatório da UNESCO para a a observação do estado da educação para todos, em todo o mundo, em 2009, diz o seguinte:
A gestão e a regulação mais eficaz [dos serviços escolares] são mais fáceis de decidir nos seus princípios do que concretizá-las realmente na prática.
Ora não será que nos deparamos com a mesma situação na gestão e na regulação dos comportamentos individuais?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Charles Darwin, bicentenário, emoções e educação

Numa altura em que se comemora o bicentenário do nascimento de Charles Darwin, vale bem a pena pensar e discutir acerca do que ele diz do seu - a muitos títulos, notável! - livro sobre a expressão das emoções nos homens e nos animais.É mesmo no final, na última página do livro, em jeito de conclusão:
"O facto de experimentarmos uma emoção através de sinais exteriores faz com que ela seja intensificada. A repressão, pelo contrário, de todos os sinais exteriores da emoção, na medida em que é possível, conduz a um atenuamento da mesma. Uma pessoa que não refreie os gestos violentos quando está furiosa, acaba por aumentar a sua fúria; quem não controla os sinais do medo, irá sentir ainda mais esse medo; e alguém que permanece passivo quando é esmagado pela dor, perde com isso a sua principal hipótese de recuperar a elasticidade mental."
Darwin, C., A Expressão das emoções nos homens e nos animais, Lisboa, Relógio D'água Editores, 2006, p. 336.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O papel do psicólogo na auto-regulação, a propósito de uma anedota profissional

O livro de António Eça de Queirós e de António Costa Santos, Porto versus Lisboa, é um livro engraçadíssimo, que recomendo a toda a gente. A propósito das duas maiores cidades do País, com muito agradáveis artes de escrita, bem-humoradas e de consistente quilate cultural, propõe-nos um estimulante exercício de reflexão e crítica, de auto-reflexão e auto-crítica, em que, de ambos os lados, os contentores se podem rever em espelho, assim promovendo o saudável auto-conhecimento e o inter-conhecimento (termo do jargão "psicologês"; em português diz-se conhecimento recíproco).
Num dos últimos capítulos, é contada, quase en passant, uma anedota profissional sobre os psicólogos:
- Quantos psicólogos são precisos para mudar uma lâmpada?
- Basta um, mas é preciso que a lâmpada queira mudar. (1)
Nesta caricatura da intervenção profissional do psicólogo, se calhar pode-se encontrar a chave do seu sucesso, clínico ou educacional. É que remete para a indispensável mobilização (atitude pró-activa, como hoje se diz muito) dos recursos psicológicos do próprio sujeito que pede ajuda ao psicólogo.
Que lhe parece?...

(1) Queirós, A. E. e Santos, A. C. (2008). Porto versus Lisboa, Uma batalha campal. Nunca ninguém falou tãp bem de Lisboa e do Porto. Nunca ninguém falou tão mal do Porto e de Lisboa. Guerra & Paz, p.175.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Para que serve a auto-regulação do comportamento?

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Todo o mundo é composto de mudanças tomando sempre novas qualidades.” escreveu Luís de Camões. “Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente, é o que melhor se adapta à mudança.” escreveu Charles Darwin.

A mudança é provavelmente a característica que melhor define o tipo e o ritmo da vida das sociedades actuais. Na família, no trabalho, na escola, o que mais solicita a atenção, a inteligência e os afectos de cada pessoa é a constante necessidade de adaptar o comportamento individual ao comportamento dos outros, às exigências da escola e às exigências da profissão.

O comportamento humano é multi-dimensional. Cada pessoa tem sempre diversos compromissos e comprometimentos, em simultâneo. Muitas vezes, falha-se – na família, na profissão ou na escola – não porque não se saiba como fazer, mas porque não se consegue gerir o tempo para se fazer, porque se tem de fazer outras coisas também. Quando se falha sente-se frustração, tristeza, angústia, depressão; pensa-se que não se é capaz; sente-se a derrota e cruza-se os braços. Desiste-se.

Cada um de nós deve manter em si, sempre saudável e actualizada, a capacidade de controlar e regular o seu próprio comportamento.  Esta capacidade não é dom especial de alguns tantos privilegiados. A auto-regulação do comportamento é uma competência pessoal que se educa e desenvolve.

Psicologia da auto-regulação do comportamento








Às quartas-feiras, de manhã e de tarde, consultas de Psicologia da auto-regulação do comportamento (pessoal, familiar, escolar e profissional).