quarta-feira, 21 de abril de 2010

O "perfil negativo" dos adolescentes

Orientei hoje uma acção de formação sobre a Psicologia de Desenvolvimento na Adolescência. A acção teve como destinatário um grupo de 18 auxiliares de acção educativa, e durou cerca de 3 horas.

Numa determinada fase da sessão, através da técnica da triagem sucessiva, o grupo pode construir o seguinte “perfil negativo” do adolescente:

1. Teimosos
2. Não têm responsabilidades
3. Desobedientes
4. Exigentes
5. Refilões
6. Pensam que já são adultos
7. Faltam ao respeito
8. Mentirosos

Entretanto, esta selecção final (foram os oito mais votados em escolha pessoal final) resultou da filtragem de uma lista inicial que incluía ainda os seguintes “atributos”:

· Não ouvem os conselhos dos mais velhos
· Mal-educados
· Não dão valor ao que têm
· Pensam que têm sempre razão
· Não querem ouvir um não
· Não ligam às regras
· São sempre coitadinhos
· Preguiçosos
· Pensam que sabem tudo
· Esquecem a educação da família
· Dorminhocos
· Intolerantes
· Não gostam de estudar
· Vivem na ilusão
· Levam tudo na brincadeira
· Não medem as palavras que dizem
· Não sabem brincar
· Impacientes
· Complicados
· Conflituosos
· Inconsequentes
· Não gostam de ser repreendidos
· Têm complexos com o corpo
· Agressivos na comunicação
· Instáveis sentimentalmente
· Mentem com argumentos ingénuos
· Desorganizados
· Presunçosos
· Provocadores
· Gostam de ser o centro das atenções

Independentemente da justeza da caracterização, das atribuições ou dos qualificativos, o que penso ser de realçar é a riqueza, é a diversidade das coisas que foram ditas. De mais a mais, num grupo tão pequeno! Esta diversidade constitui-se como um extraordinário ponto de partida, não apenas para trabalhos ou dinâmicas de grupo (seja ele constituído por pais, professores, outros educadores; jovens; ou seja misto), mas também para recorrentes reflexões pessoais sobre a condição de adolescente; a relação com os adolescentes; e a educação dos adolescentes.

Em próxima oportunidade será elaborado o “perfil positivo” do adolescente.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Melhor falar, melhor aprender

Escrevi o seguinte comentário à notícia publicada no "i online", com o título:

Erros de palmatória cada vez mais frequentes entre universitários por Kátia

Há muito tempo que este assunto se discute entre professores, e cada vez mais eles - nós - têm (ou temos) menos condições para enfrentar o problema como se deveria fazer. Entretanto, como digo aos meus alunos - todos, não apenas os que terminam o 12.º ano a realizarem estágios com crianças -, a grande solução começa na fala, nas conversas do dia-a-dia: as crianças pequenas estão naturalmente "programadas" para aprender bem, discriminando bem os sons, as palavras, e para designar bem as coisas, as ideias e os pensamentos. Basta que lhes falemos SEMPRE com clareza, sem "abebezamentos", sem simplificações, sem antecipações. Não temos de deitar-nos a adivinhar o que as crianças querem dizer. Mesmo que o saibamos, deixemo-las dizer. Devemos pronunciar bem as palavras; devemos escrever correctamente as letras; devemos indicar correctamente os nomes de tudo, evitando ao máximo as designações indefinidas ou generalistas.As leituras mais extensas e os pensamentos mais extensos virão depois. É incrível a capacidade que as crianças têm de criar com a linguagem! Mas, para isso, as bases têm de ser seguras e correctas. Sejamos exigentes connosco próprios na fala com as crianças. A sério! Elas adoram assim!

domingo, 11 de abril de 2010

Empatia e violência envolvidas nos mesmos circuitos cerebrais

Esta perspectiva é aliciante. De qualquer das maneiras, mesmo que os circuitos neuronais sejam diferentes, a promoção da empatia (pode-se aprender - e ensinar - a ser mais empático) permite, realmente, controlar melhor a agressividade e a violência.
Empatia e violência envolvidas nos mesmos circuitos cerebrais

sábado, 10 de abril de 2010

Should Kids Be Bribed to Do Well in School?

Em Português claro e escorreito, a pergunta diz assim:
- Devem os pais (ou os professores) subornar (chantagear) as crianças (os filhos ou os alunos) para que trabalhem / se empenhem / se esforcem / na escola?
Como diz no texto, entre o sim e o não, "If incentives are designed wisely..." Quer dizer, o segredo está no bom senso e na sabedoria dos educadores (pais e professores).
Should Kids Be Bribed to Do Well in School?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Mudar o ambiente, mudar os comportamentos

Trata-se de uma pequena experiência sobre a ligação entre as condições do ambiente e o comportamento das pessoas.
Neste caso, podemos dizer que se procura regular o comportamento das pessoas no sentido da melhor saúde e do menor dispêndio energético no ambiente.


Voltaremos a este assunto.
Por agora, divirta-se a ver o pequeno vídeo.