- A alma é uma ilusão cerebral.
Quem não pensa assim, diria que a afirmação está "descontextualizada", desvalorizando o seu conteúdo e impacto.
Prefiro outro procedimento: dizer que toda a afirmação fundamental sobre a alma não pode dispensar a relação com o Outro. É na relação com o Outro que surge a experiência emocional e cognitiva do inefável. Provavelmente é aí que surge a alma. Porque todo o sentido só existe na presença ou em função de um Outro.
Sendo assim, a alma tanto pode ser uma criação como uma descoberta.
O cérebro é apenas a estrutura biológica que permite criar a ilusão necessária - todas as ilusões necessárias - à consciência e ao sentimento do ser, de ser-se. Ser-se sujeito e pessoa; em relação com os outros.
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