sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Obrigado, José Torres!

Haverá quem pense que não tem cabimento aqui esta saudação, esta saudade.
Mas, na verdade, que representam nas nossa vidas os exemplos que vêm do comportamento dos outros?... Como se constroem em nós os nosso valores e os nosso ideais?...
Independentemente da pessoa que José Torres foi, sem que algum esforço para isso fizesse, ele fez-me imaginá-lo assim. Não sei se, algum dia, algum futebolista, algum atleta me despertou ou despertará a simpatia e o carinho como o fez José Torres. Se eu não fosse benfiquista, penso que o escolheria como adversário de eleição: lutando pela sua equipa, pela sua camisola, respeitando com toda a dignidade o seu adversário.
Por isso, lhe escrevo agora estas palavras:
Pelos jornais, pela televisão habituei-me a ver-te, José Torres, a gostar de ti, a pensar que, com a boa fé e a honestidade que sempre me despertaste, o futebol (e o desporto, em geral) pode ser uma partilha coletiva de esforço, expressão das capacidades humanas e competição leal. Sei que te vou manter sempre vivo nos meus exemplos sociais e nos meus ideais. Obrigado, José Torres, por tudo o que me deste. Guardarei para sempre a afirmação que fizeste, salvo erro, antes do célebre jogo com a Alemanha: "Deixem-me sonhar!..."

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